24 de junho de 2013

Rua Augusta, em São Paulo, terá prédios com jardins verticais

SXC
Até o fim de 2013, quatro prédios localizados na região da Rua Augusta, no centro da capital paulista, irão receber, em suas paredes externas, jardins verticais.

A iniciativa faz parte do Movimento 90º, idealizado em parceria com a organização Augusta ComVida. A verba para tornar o projeto viável foi conseguida por meio de financiamento coletivo - R$ 25 mil.

De acordo com o grupo, o crescimento das principais cidades brasileiras, atingido de forma desorganizada e sem leis condizentes com o seu desenvolvimento, ocasionou o adensamento desproporcional dos mesmos locais e diversos problemas, como barulho, poluição e um ambiente inóspito.

As paredes verticais seriam um modo de amenizar os problemas urbanos, de acordo com o Movimento 90º. "Imediatamente após a sua instalação, um jardim vertical atua fortemente na limpeza do ar; na regulagem térmica ¬ tanto dos edifícios em que são instalados, quanto do ambiente ao seu redor; na diminuição de problemas acústicos; e em épocas secas, ajudam a aumentar a umidade relativa do ar. Além, é claro, de dar novo vigor ao aspecto estético das cidades. Existem centenas de espécies aptas a viverem nesse ambiente, e cada planta vira um elemento compositivo nesse painel", afirma.

No entanto, assim como ocorre com telhados verdes, as paredes não resolverão os diversos problemas estruturais, apenas irão amenizá-los.

Para conhecer mais sobre o projeto, visite a página do Movimento 90º no site de financiamento coletivo Benfeitoria.

Fonte: eCycle

19 de junho de 2013

Brasileiros vencem o Prêmio AppMyCity! de melhor aplicativo urbano do mundo

Desenvolvedores do Colab
O  Colab, um aplicativo brasileiro, foi eleito o vencedor do Prêmio AppMyCity! durante o New Cities Summit, evento realizado no começo do mês de junho em São Paulo.

Além do título de melhor aplicativo urbano do mundo, os cinco desenvolvedores Bruno Aracaty, Gustavo Maia, Paulo Pandolfi, Josemando Sobral e Vitor Guedes, de Recife e São Paulo, receberam o prêmio de US$ 5.000.

O Colab cria redes sociais para incentivar um melhor exercício da cidadania. Por meio de fotos e geolocalização, ele conecta cidadãos inteligentes a cidades inteligentes com base em três pilares de interação: cidadãos que reportam questões urbanas cotidianas; elaboração e proposta de novos projetos e soluções; e avaliação de serviços públicos.

O aplicativo concorreu com outros dois aplicativos móveis, de Israel e Estados Unidos.Os três finalistas apresentaram seus projetos ao público internacional do New Cities Summit em sua última tentativa de vencer o Prêmio. Ao final das apresentações, o público, formado por inovadores e empreendedores urbanos, votou no seu favorito.

Gustavo Maia, cofundador do Colab, disse: “O Colab está muito feliz e honrado em vencer o Prêmio AppMyCity!. Ficamos entusiasmados ao apresentar nossa rede social pela cidadania para líderes globais e competir com aplicativos tão incríveis do mundo todo. Esperamos seguir em frente, promovendo novas formas de democracia, onde cidadãos inteligentes sejam os alicerces do desenvolvimento de cidades inteligentes”.

Adrienne St. Aubin, Analista de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google e membro do painel de jurados do AppMyCity!, disse: "Colab é um exemplo forte de como a tecnologia pode construir cidades vibrantes e encorajar a participação em uma das questões que mais importam para os cidadãos. Como a vitória do Colab ilustra, o Prêmio AppMyCity! exibe muitos exemplos de como os inovadores ao redor do mundo estão construindo ferramentas que conectam as pessoas ao governo, às grandes questões, e umas às outras”.

Os outros dois finalistas eram:

PublicStuff, de Nova York, representado por Lily Liu, de Nova York. O PublicStuff é um aplicativo móvel dedicado a tornar as preocupações dos cidadãos mais visíveis para os governos locais. O aplicativo informa de maneira transparente as questões enviadas pelo público via celulares, laptop e tablets para líderes cívicos, incentivando melhorias significativas e necessárias às comunidades.

BuzzJourney, de Kfar-Saba, Israel, é um aplicativo móvel que permite que os usuários mapeiem opções de transporte eficientes, combinando diferentes meios: caminhada, carros e transporte público. O aplicativo também facilita o compartilhamento de automóveis, promovendo assim uma mobilidade urbana amiga do meio-ambiente.

No total, a New Cities Foundation recebeu 98 inscrições para o Prêmio AppMyCity! 2013. Um painel internacional de jurados especialistas votou na habilidade destes aplicativos de causar um amplo impacto através de seus conceitos inovadores e interface de usuário útil. Os semifinalistas foram anunciados no dia 29 de abril e os três finalistas, no dia 13 de maio.

Mais informações nos sites www.appmycity.org e www.newcitiessummit2013.org.

18 de junho de 2013

Construção sustentável requer profissionalização

Em 2010, existiam 57,3 milhões de domicílios permanentes no Brasil. Em comparação com o ano 2000, foram construídas 12,5 milhões de novas residências, de acordo com censos do IBGE.

O número total de domicílios permanentes em 2010 era, segundo o IBGE, 28% superior ao de 2000. Nesses dez anos, a quantidade de casas cresceu 27% e o volume de apartamentos, 43%.

Confrontando o número de novas residências construídas entre 2000 e 2010 a um estudo do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP que estima as áreas médias de casas e apartamentos construídos, nesse mesmo período, na Região Metropolitana de São Paulo, com base em seu número de banheiros, estimamos uma área total construída de novos domicílios no país entre 1,4 e 1,97 bilhão de m2 (média de 1,7 bilhão de m2). Se considerarmos que em 2011 e 2012 foram produzidas a mesma média anual do período entre 2000 e 2010, teremos produzido 15 milhões de  novos domicílios entre 2000 e 2012. Aplicando a mesma lógica, obtemos uma área total construída (média) de 2 bilhões de m2 desde 2000.

Essa produção consumiu materiais e gerou resíduos. Afinal há uma infinidade de material envolvido no processo de produção de habitações: aço, cimento, areia, brita etc.  Aplicando os coeficientes de consumo de materiais por m2 de construção, descritos na ABNT NBR 12.721 à área de 2 bilhões de m2, podemos estimar as quantidades de materiais consumidos nesse período. Só para efeito de comparação: se imaginarmos que o maior estádio brasileiro, o Maracanã, pudesse se tornar uma grande caçamba e pudéssemos carregá-lo com areia ou brita, precisaríamos de mil estádios para completar o volume de areia usado na produção das novas moradias, ou 691 “Maracanãs” com brita.

Seguindo o mesmo raciocínio, o aço utilizado seria suficiente para construir 5 mil torres Eiffel, o cimento consumido pesaria o equivalente a 69 pirâmides de Giza, e a tinta usada encheria 1.850 piscinas olímpicas.

Estimativas dos professores Artemária Andrade, Ubiraci Souza, José Paliari e Vahan Agopyan, da Poli-USP, indicam que são produzidos 49,58 quilos de entulho por metro quadrado na construção de edifícios. Multiplicando-se esse coeficiente pela área total construída, verificamos que 100 milhões de toneladas ou 15 pirâmides de entulho foram produzidos no período. Em sua dissertação de mestrado na USP, Dan Moche Schneider identificou que 75% dos resíduos de construção e demolição são destinados de forma irregular ou inadequada.

É importante lembrar que tanto o consumo de materiais quanto a geração de resíduos de demolição e construção são consideravelmente maiores na autoconstrução em relação aos índices obtidos por empresas construtoras, que têm grande zelo e profissionalismo nessa questão, especialmente porque a boa gestão dessa matéria reflete positivamente em sua rentabilidade.

De acordo com o Estudo Prospectivo da Cadeia Produtiva da Construção Civil - Volume 1 – Diagnóstico (2002), 59,50% das unidades habitacionais são autoconstruídas, 9,90% têm gestão e produção estatal e apenas 30,60% são produzidas pela iniciativa privada no País. Dessa última fatia, até hoje apenas um empreendimento residencial concluído foi certificado como sustentável.

Transformar nosso ambiente construído num ambiente mais sustentável exige que a construção profissional cresça em relação à autoconstrução e que os novos projetos incorporem requisitos de sustentabilidade desde a sua concepção. O poder público é agente fundamental nessa equação, pois é ele quem deve liderar e incentivar esse movimento. É o que o governo de Singapura está fazendo, com a aplicação de diversas ações concretas, como o subsídio ao empreendedor para cada novo edifício sustentável, no valor de até U$ 2,4 milhões ou U$ 5 milhões, se o projeto alcançar o maior nível de sustentabilidade ambiental e comprovar 40% de economia de energia e concessão de coeficiente de aproveitamento adicional para novos projetos sustentáveis.

Em 2013, olhamos para os 12 anos passados e constatamos que o ambiente construído em nosso país não é sustentável. Quando fizermos a mesma coisa em 2025, o que veremos dependerá de cada um de nós.

Leia o artigo na íntegra.

Artigo de Hamilton de França Leite Junior, diretor de Sustentabilidade do Secovi-SP e da Casoi Desenvolvimento Imobiliário.

12 de junho de 2013

Livro retrata história e arquitetura de Florianópolis em fotos

"Florianópolis – arquitetura e história" será lançado dia 18 de junho, na loja da Livraria da Vila da Lorena, em São Paulo.


A Livraria da Vila da Lorena recebe, no dia 18 de junho, terça-feira, a partir das 18h30, o lançamento de "Florianópolis – arquitetura e história", com fotos do fotógrafo Anthony Caronia e textos da arquiteta Eliane Veras da Veiga e da artista plástica Silvana Leal. Após o evento, haverá sessão de autógrafos com os autores.

Cidade fundada no século 17, Florianópolis reúne em sua paisagem sinais das populações anteriores a Cabral, passando pela paisagem construída pelo conquistador europeu - com aporte indígena e africano - e do homem brasileiro moderno. Os autores desta paisagem deixaram, ao longo dos séculos, marcas estampadas na arquitetura, com destaque para os estilos colonial, neoclássico, eclético, art nouveau e art déco, que foram empregados até o início do século 20, sucessivamente.

Anthony Caronia nasceu em Roma, Itália, em 1968. Mora atualmente em Florianópolis, Santa Catarina. A paixão pela fotografia tece origem nos desertos do Qatar (1986), onde documentou a modernização dos beduínos. Fez várias exibições e publicou diversos livros, dentre eles, destacamos: Afro-Cuba (Suíça, 2011, Benteli Halzwag); Playa Del Alma (México, 2005, Pinacoteca 2000 Editores);Children First (EUA, 1998, A Bullfinch Press Book) e Costiera Amalfitana (Itália, 1993, Tulio Pironti Editore).

Eliane Veras da Veiga é arquiteta e urbanista. Mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e professora da Universidade do Sul de Santa Catarina, é especialista em Reabilitação de Conjuntos Urbanos, pela FAU-USP e, em Arquivologia, pela UFSC. Técnica do Instituto de Planejamento Urbano desde 1983, trabalha há 17 anos com história oral e memória na Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.

Silvana Leal nasceu em Itajaí, Santa Catarina, em 1971. Graduou-se bacharel em Psicologia em 1993 e em 1994 tomou a decisão de residir na França e escrever Erotismo Proibido nos Lábios, em palavras e imagens. Na fotografia, sua área de pesquisa, permeia o estudo do imaginário, por meio de experiências com modelos vivos, natureza, textura e a paisagem urbana.

Serviço
Lançamento do livro Florianópolis – arquitetura e história
Quando: 18 de junho de 2013, terça-feira, das 18h30 às 21h30.
Onde: Livraria da Vila – Al. Lorena, 1.731 – Jd. Paulista - SP.


5 de junho de 2013

Líderes urbanos globais se reúnem durante o New Cities Summit 2013 em São Paulo


Começou ontem (4/6), em São Paulo, o New Cities Summit, evento dedicado ao futuro do mundo urbano, organizado pela New Cities Foundation. Os debates são liderados por 93 palestrantes, de 17 países, especializados nos desafios das cidades.

O encontro acontece  no Pavilhão OCA e no Auditório Ibirapuera, de 4 a 6 de junho de 2013. São esperados cerca de 700 participantes de 37 países, 3 finalistas do AppMyCity competem pelo Prêmio de US$ 5.000 pelo melhor aplicativo urbano, eles são do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos, e 13 inovadores urbanos – que transformaram suas cidades com uma ideia única – farão apresentações em uma série inspiradora de palestras de 10 minutos chamada de “What Works” [O Que Funciona].

O New Cities Summit oferece uma plataforma única para líderes, pensadores e inovadores urbanos abordarem os desafios mais urgentes, além de apresentar grandes oportunidades para o cenário urbano que sofre com as rápidas mudanças. Os palestrantes e os participantes convidados são dos mais diversos setores, incluindo o governo, tecnologia, infraestrutura, mobilidade, saúde, arquitetura, design, academia, artes, sociedade civil e imprensa.

Com foco no debate e na troca voltados à ação, o encontro tem por objetivo fomentar soluções práticas para questões urbanas urgentes como pobreza, exclusão social e degradação ambiental, além de discutir como as oportunidades oferecidas pela criatividade, inovação tecnológica, tolerância social e inclusão podem ajudar a construir cidades mais “humanas”.

O New Cities Summit aborda o tema da Cidade Humana a partir de quatro ângulos principais: Construir, analisando a forma física da cidade; Participar, revelando como as cidades podem fomentar novos modos de colaboração; Jogar, destacando o papel da cultura e do entretenimento para tornar as cidades vibrantes e únicas; e Incluir, abordando como as cidades podem promover a justiça, igualdade e inclusão. As sessões do Summit incluem Estratégia da Cidade para os Negócios, o Futuro da Mobilidade Urbana, Mega Eventos (pensando na Copa do Mundo do Brasil e nas Olimpíadas) e, além disso, uma sessão dedicada à Mudança em Grande Escala em São Paulo, a dinâmica capital comercial do Brasil.

Mais informações no site www.newcitiessummit2013.org.